domingo, 11 de outubro de 2009

Durante

Tenho um irmão que tem medo de voar. Quando o avião da Air France caiu, ele cancelou uma viagem de negócios a São Paulo. Eu não tenho, mas não dá pra evitar um rápido pensamento sobre o assunto quando se entra num avião pra ficar mais de 10 horas no ar. Todo mundo me perguntava: "Tu vais de Air France?". Não, de Lufthansa. Dizem que é uma das melhores. Não sei. Achei bom o serviço, mas minha amiga Andréa, que viajou com a minha mãe, reclamou do espaço apertado.

No aeroporto, ninguém apareceu pra se despedir. Minto, quando eu já estava pensando em entrar na sala de embarque, aparece a Aline, uma amiga da minha irmã que se tornou grande amiga minha também. A Aline é uma figura, grande parceira. Meu irmão não pôde, tinha compromissos na universidade.

O itinerário foi Porto Alegre-São Paulo, São Paulo-Frankfurt, Frankfurt-Edimburgo. Embarquei no Salgado Filho em um A-320 da TAM. Em São Paulo, pegaria o jumbo da Lufthansa. Fiquei umas seis horas esperando. Liguei pra um amigo da minha irmã que mora lá pra ir me "visitar" no aeroporto, mas ele mora a duas horas e umas três conduções de lá e não apareceu. Então ficamos eu e meu MP4 ali esperando o tempo passar. O embarque foi tranquilo. As malas foram despachadas de Porto Alegre direto a Edimburgo, então eu não precisaria me preocupar com isso até o destino. Só precisava fazer um check-in sem bagagem em SP, para pegar os cartões de embarque. Em Frankfurt, não precisaria fazer check-in novamente. Alfândega e imigração, só na chegada a Edimburgo. A única preocupação era o pouco tempo pra trocar de avião em Frankfurt, uma hora e 20 minutos. Eu torci que SP-FRA não atrasasse. Quando a minha mãe foi, marquei um voo mais tarde em Frankfurt, pois a gente não sabia como seria o processo lá. Ela e a Déia esperaram umas 4 horas lá e disseram que teria dado tempo de pegar o voo mais cedo. Então eu arrisquei.

Dentro do avião, as primeiras orientações foram em alemão. Eu não estava preparada, quase levei um susto. Mas logo as orientações foram repetidas em inglês e espanhol. Um sotaque um tanto carregado, mas o que não entendi em inglês consegui me defender no espanhol. Viajou um casal brasileiro do meu lado, mas não conversei com eles.

Cheguei a Frankfurt com uns 40 minutos de folga. As orientações são fáceis e são dadas ainda dentro do avião, pelo monitor de tv, e vi que o portão de embarque para Edimburgo era bem próximo de onde eu ia desembarcar. Achei logo, só precisava passar novamente pelo raio X. Passei e fiquei esperando a chamada. Logo chamaram. Uma rápida conferida no passaporte e liberado o embarque. Um sujeito ao meu lado não teve a mesma sorte. A assinatura dele no passaporte estava borrada e implicaram com isso. Ele mostrou a carteira de motorista, mas não aceitaram porque não era alemã. Fui adiante e não vi como foi resolvida a situação. Mais uma hora e 40 de voo e chego ao meu destino. Incrivelmente, apesar de marcar a passagem somente dois dias antes do voo, consegui janela em todos os trechos.

E, no início da tarde de 16 de agosto, aterrisso no aeroporto de Edimburgo. Um certo nervosismo pra passar na imigração. Mas estava tudo certo, não tinha o que temer. Fiquei no fim da fila, mas não demorou muito. Um senhor parecido com o Ray Conniff me atendeu. Fez algumas perguntas e carimbou o passaporte. Fim das desventuras? Hehehehe...

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