quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Arranjos finais

A correria final durou dois dias. Dos 6kg q engordei na função do visto, perdi 1,5kg em um dia correndo pra conseguir o primeiro voo pra Edimburgo. Claro que não poderia ser tudo simples, né... A pessoa que me vendeu a passagem tinha tirado uns dias, mas ela me avisou que, se eu precisasse, deixaria alguém informado sobre meu assunto pra me atender. Liguei pra lá e ninguém sabia de nada. Falei com uma pessoa que me pediu pra mandar um e-mail explicando a situação. Num primeiro momento, fiquei irritada, mas tudo bem. Tudo o que eu queria era chegar a Edimburgo ainda a tempo de ficar um pouco com a minha mãe. Isso já era dia 13 e ela voltaria no 17. Então recebi a resposta do e-mail dizendo que ela entraria em contato com a Lufthansa pra liberar o meu crédito e me avisaria assim que desse. Bom, começou a demorar e eu enviei outro e-mail reclamando. Mas a moça me disse que ainda estava esperando pela resposta da Lufthansa. Resolvi ir pra rua pra resolver os últimos detalhes. Saquei dinheiro pra comprar libras, liguei pro câmbio, combinei a compra. Então a moça da agência me liga, dizendo que o crédito fora liberado e eu tinha 24 horas pra remarcar a passagem. Lá fui eu correndo pra ver as opções. Pedi na sexta mesmo, imaginando que não teria lugar em voos por vários dias, mas não custava tentar. Ela me ofereceu a segunda-feira. Segunda eu não queria, pois era o dia em que minha mãe sairia da Escócia, se fosse assim, eu ficaria mais uns dias em Porto Alegre e pegaria ela no aeroporto. Mas eu queria viajar o mais rápido possível, pedi pra ela conferir de novo se não tinha na sexta ou no sábado. E enfim tinha no sábado. Depois de várias conferências, ela me confirmou que eu poderia ir no sábado. Mas tinha diferença no valor da passagem. Eu disse que tudo bem, já nem pensava mais nos reais que ficaram pelo caminho... E aí o meu cartão estourou o limite, pois minutos antes havia pagado o seguro de viagem, e como as duas idas pro Rio estavam parceladas ali, ele não aguentou. "Eu pago em dinheiro." "Tu tens dinheiro aí?" "Tenho, eu saquei pra comprar libras." Então tudo certo. Mas tive que voltar no banco pra tirar mais dinheiro...

E as despedidas? No começo, eu queria fazer uma reunião com todos os amigos e parentes, um jantar num restaurante ou algo parecido. Com a história da demora no visto, não tive mais vontade de fazer nada. E também pensei "é só um ano, não tem necessidade de grandes despedidas". Mas, no fim, resolvi abraçar algumas pessoas antes de partir, pra não passar em branco. Fui à casa de uma tia que é muito chegada, mandei e-mail pro pessoal mais próximo no (ex)trabalho convidando pra ir na minha casa dar tchau. Creio que pegou algumas pessoas de surpresa. Embora todos soubessem da viagem, ninguém mais sabia quando seria.

Sexta-feira. Quase tudo pronto. Só tive que voltar à agência pra pegar os papéis da passagem e do seguro. Faltava vender o carro. Resolvi levar pra um amigo de um primo meu, sujeito que já tinha vendido outro carro que eu tinha. Acertei os detalhes com ele e aproveitei depois pra visitar meu tio que mora na mesma quadra, pra me despedir. Depois voltei pra casa pra receber os amigos que quisessem me abraçar. E, na correria toda, acabei me esquecendo de avisar meus irmãos... Mas liguei pra um deles na véspera dizendo o horário do voo, caso ele pudesse aparecer no aeroporto. Os outros moram em Livramento e acabei não falando com eles antes de viajar. Peço desculpas.

E, finalmente, na manhã do dia 15 de agosto de 2009, parti para o meu voo mais alto.

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