sábado, 3 de outubro de 2009

Antes da partida I

Quem quiser pular esta parte, tudo bem. Só resolvi contar, antes da vida aqui, o trabalho que me deu pra vir.

Como tudo na minha vida foi lento, levei quase dois anos pra chegar aqui. Primeiro, precisava de um certificado de inglês. Escolha: IELTS. Poderia ser o TOEFL, mas achei melhor fazer o britânico. Acho que a inscrição foi em agosto de 2007 e a prova, em dezembro. Fiz umas aulas especiais de preparação e me atirei. Medo na hora da prova... mais medo na hora do resultado... mas passei, quer dizer, atingi a nota necessária. Com certificado na mão, precisava iniciar o processo de inscrição na universidade. Pra isso, era necessário ter meu diploma e histórico escolar traduzidos para o inglês. Por tradutor juramentado. Isso já era janeiro de 2008. Minha irmã me indicou a pessoa que traduziu os dela quando ela veio, uma professora da PUC. Bom, me amarrei um monte e, quando resolvi entrar em contato, em fevereiro, a tradutora estava em férias. Acabei deixando tudo pra depois, até porque ainda não tinha o histórico em mãos, precisava ir lá na Ufrgs pedir. Outra coisa que precisava eram duas cartas de recomendação, de preferência de uma pessoa do trabalho e de um professor da faculdade. Fui atrás da minha orientadora da monografia. E, no trabalho, pedi pra um dos chefes. Mais um mês. Em março, liguei pra PUC, mas era difícil achar a professora. Acabaram me dando o celular dela. Mas a essa altura eu quase desisti da empreitada. A Flávia estava passando por problemas e andava pensando em voltar pro Brasil. Sem ela eu não viria. Dei um tempo.

Passado o tempo (quase um ano), superados os problemas da minha irmã, resolvi retomar a caminhada. Tradução e cartas prontas, internet e dicionário a postos, preenchimento de requerimentos e etc. Mandei em março de 2009 a inscrição. Em abril, recebi uma carta da universidade com uma "conditional offer". Mais um drama: teria que fazer um texto sobre uma instituição nacional ligada à cultura como parte da seleção de mestrado. Programei minhas férias pra maio pra fazer tudo o que faltava. Nesse meio tempo, tinha uma série de coisas pra resolver. Questão financeira inclusive. Além de arrumar a casa, castrar a gata, vacinar os dois gatos, levá-los pra Livramento pra ficar com a minha mãe, conseguir alguém pra ficar no apartamento; ah, sim, e decidir a data da viagem e comprar a passagem, sem ter certeza ainda da vaga do curso. A questão da passagem também é um pouco mais complexa, pois a minha mãe iria junto, mas não queria voltar sozinha, então tínhamos que conseguir companhia pra ela. Mas isso eu já tinha providenciado havia algum tempo. Minha amiga Andréa se prontificou a "fazer o sacrifício" de viajar pra Europa. Só que a data da viagem precisava ficar a contento pra todo mundo. Detalhe: minha irmã queria que viéssemos antes do festival, que começava dia 9 de agosto, pois ela ia estar ocupada durante o evento. Conversa com uma, conversa com outra, acabei definindo a data de 23 de julho.

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