Quando cheguei aqui, 21h30min ainda era dia. Estava no horário de verão. A hora nessa foto é 16h08min. Nesta época do ano, são duas horas de diferença para o Brasil; quando cheguei, eram quatro. Agora, às 16h30min, já está completamente escuro, não sei se vou me acostumar com isso...
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
What time is it?
Quando cheguei aqui, 21h30min ainda era dia. Estava no horário de verão. A hora nessa foto é 16h08min. Nesta época do ano, são duas horas de diferença para o Brasil; quando cheguei, eram quatro. Agora, às 16h30min, já está completamente escuro, não sei se vou me acostumar com isso...
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Rúgbi
Sábado fui no rúgbi pela primeira vez. O jogo era Escócia x Argentina, por uma copa que não sei dizer qual é. A função é muito legal, é mesmo um espetáculo. Entraram duas bandas, uma de bagpipe, a gaita-de-fole, e outra com trombones e trompetes e tambores e sei lá mais o quê. Tocaram músicas para a entrada dos times e os hinos de cada um. Quando a Escócia entrou em campo, teve foguetório.
O estádio Murrayfield fica na outra ponta da cidade, com relação a onde eu moro. O lugar é bacana, mas o jogo é esquisito. É muito truncado, os jogadores são umas jamantas e vale mais a força que a habilidade, aparentemente. Parece que quanto mais se agarram, mais a galera grita. A Escócia vinha de uma vitória muito comemorada sobre a Austrália, considerada uma das melhores do mundo. Bom, achei que fosse barbada pro "meu novo país"... rsrsrs. E começou bem, o primeiro tempo terminou 6 x 0 pra Escócia. Mas aí os hermanos voltaram melhor no segundo tempo e, enquanto um jogador escocês era atendido na linha lateral, a Argentina fez os primeiros pontos. Cada "gol" vale 3. Depois só deu Argentina. Acabaram virando pra 9 x 6. Frustração. :P
Antes de entrar
Lá dentro
Eu e a Flávia decidimos voltar a pé até o centro, pois o trânsito ficou interrompido pro povo sair do estádio. Acabamos ficando até mais tarde por lá. Visitamos uma feirinha de produtos alemães que sempre tem nesta época nos Gardens. Comemos um negócio parecido com Nutty Bavarian e fomos em direção ao ônibus. Mas aí tinha outro trecho de avenida interrompido. Ia acontecer uma "car parade", um desfile de carros alegóricos. Então ficamos pra assistir. Foi curtinho, mas engraçado.
Car parade
Aí começou a ter apresentações musicais na praça do outro lado da rua e resolvemos ficar mais um tempo. Vimos alguma coisa das apresentações e, quando começou um grupinho de rock muito ruinzinho, fomos dar uma caminhada pra ver o que mais tinha de atração por ali. Acabamos entrando numa tenda que estava tendo um tipo de concurso de adivinhação de coisas pelo tato. Havia quatro pessoas vendadas e um cara passando umas coisas pra eles tocarem. A primeira coisa eu não vi, no momento estavam tocando algo parecido com uma linguiça. E depois tocaram um troço parecido com um matinho. Bom, aí o apresentador perguntou o que eram as coisas e o povo só acertou a última, que era alga. A primeira, que eu não vi, era uma lula e a segunda era haggis, uma comida típica daqui. Aí ficaram dois finalistas e a prova final era cortar uma lula do jeito que o chef ia ensinar pra eles. Uma guria acabou vencendo. Depois de um intervalo, o chef preparou umas comidas pra gente provar e encerraram-se as atividades do dia.
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Ônibus
Hoje aconteceu uma coisa inusitada. A Flávia resolveu ir mais cedo pra universidade pra tomar café lá, pois estão reformando a cozinha aqui do apê e ficou difícil comer em casa. Fui junto. Quando subimos no ônibus, o motorista perguntou se a gente ia pra faculdade, dissemos que sim, aí ele ficou conversando com a Flávia. Achei engraçada a pergunta, pensei que eu tinha entrado no ônibus errado. Mas aí a Flávia me disse que ele era novo na linha e não tinha certeza do caminho. Pediu pra ela cuidar se ele estava indo certo.
Aproveitando o gancho, vou falar um pouco sobre os ônibus. Aqui em Edimburgo tem duas empresas de ônibus urbanos, a First e a Lothian. A Lothian é a "Carris" daqui; foi escolhida a melhor empresa do Reino Unido no ano passado. A First eu nunca usei, a Flávia diz que não é boa. Ambas possuem estes ônibus de dois andares, mas também têm os comuns. A First também tem trens. Ainda não andei de trem, mas já marcamos a passagem pra passar o Natal em Londres. Vai ser minha estreia, rsrsrs.
Esse é Lothian. Eu uso o 44 ou o 26 pra ir pro centro,
o 30 ou o 45 pra ir pra faculdade
Praticamente todos os ônibus são equipados com espaço para deficientes físicos e rampa de acesso. São permitidos animais nas viagens, sem problema nenhum. Mas não se pode comer dentro dos ônibus. Tem um jornalzinho de graça nos ônibus, o Metro, mas geralmente já não tem mais quando chega na minha parada, que é quase no fim da cidade. Outra coisa interessante é que tem um espaço na frente do ônibus pra colocar mochilas, sacolas, carrinho de bebê, etc. As pessoas entram, largam as coisas ali e vão se sentar. Ninguém mexe.
A passagem custa no momento £1.20, mas tem um esquema que é o "day ticket". Se for fazer mais de duas viagens no mesmo dia, a gente pede o day ticket, que custa £3.00 e pode ser usado indefinidamente durante o dia. Depois da meia-noite, existem os "night buses", que funcionam de hora em hora e só algumas linhas. Custam £3.00. Ainda tem a possibilidade de adquirir um cartão de ônibus, com as opções de semanal, mensal ou anual, sem limite de viagens, mas, no night bus, quem tem cartão paga metade da passagem. Estudante tem direito a desconto nesse cartão. Vale a pena pra quem usa bastante. Eu uso pouco, por isso ainda não fiz um. Custa £38.00 pra quatro semanas pra estudante.
Algumas paradas têm um dispositivo que marca o tempo que falta pra passar o ônibus. E funciona, na maior parte do tempo. Tem um sistema de ver a tabela de horários pelo celular também, usando o código da parada, mas ainda não aprendi como é. Bom, a questão do trânsito "invertido" é bizarra no começo, tem que se acostumar aos poucos. Dá um certo medo de atravessar uma avenida. Ainda olho pros dois lados, na dúvida. :P
sábado, 7 de novembro de 2009
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Fim das "férias"
Tenho aulas às terças e às quintas, de manhã e de tarde. A terça é extenuante, a quinta cansa de tarde porque a aula não é interessante - métodos de pesquisa. A turma tem em torno de 14 (são 14 em algumas cadeiras, menos em outras e mais em pesquisa, que é junto com um pessoal do MBA). Tenho três colegas gregos, uma galesa, uma croata (que eu pensava que era kosovar, acho que não tinha entendido direito), uma irlandesa, duas inglesas, um australiano, duas finlandesas e duas escocesas. No MBA tem uns indianos, um paquistanês, uma japonesa, acho que dois alemães e mais uns que não sei de onde são.
Não converso muito, ainda não fiz amizades, mas tenho andado um pouco mais com os gregos, que são duas gurias e um guri. A galesa é bem louquinha, já foi escolhida a representante da turma. Desconfio que sou a mais velha. Mas quase todos têm alguma experiência com artes, à exceção de mim. O que torna as coisas um pouco mais difíceis.
O coordenador do curso, Douglas Brown, é muito querido, um sujeito tranquilo, tenta explicar tudo direitinho como funcionam as coisas. Gostei das aulas dele também. Depois tem uma professora de festivais que trabalha no Fringe, a Louise, que tem larga experiência. As aulas dela são mais ou menos, assim como as do James, que dá aula de tarde na terça e trabalhou junto ao Festival Internacional. Ambos sabem muito, mas me parece que partem do princípio que a gente também sabe. A pior aula disparado é a do Russell, o professor de pesquisa. É muito chata. E ele é australiano, não entendo metade do que diz, o sotaque é muito estranho.
Dia 2 de novembro entreguei meu primeiro trabalho. Não era uma coisa muito difícil, mas foi complicado pra mim, porque tenho que me adaptar a uma série de coisas. O estilo de trabalho é diferente do que estou acostumada, fora o fato de estar escrevendo em inglês academicamente pela primeira vez. Aguardo a nota, não sei quando sai; deve demorar, já que eles têm um sistema aqui de avaliação que passa por três professores, sendo um de fora da universidade. Se minha nota for muito ruim, nem vou contar.
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Aniversário
Foi em setembro. É um pouco estranho passar o aniversário longe dos amigos e da família. Mas não passei sozinha. Claro que tinha a minha irmã, ela ainda não tinha me trocado por Londres. E alguns amigos dela. A Flávia reservou um restaurante em Musselburgh, a cidade aqui do lado. Só que o pessoal janta muito cedo aqui, mas tudo bem. Passei a tarde fazendo negrinho e branquinho pra receber o povo em casa depois do restaurante e quase me atrasei. A Flávia comprou uma torta.
Esses balões eu ganhei no restaurante, hehehe
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Edimburgo
Depois fomos a Edimburgo. O passeio foi mais dentro do ônibus mesmo e algumas coisas eu já tinha visto com a Flávia.
Subimos o morro Calton Hill, onde eu já tinha estado pra ver os fogos de encerramento do festival. Algumas vistas da cidade lá de cima:
Essa vista é de dentro do ônibus
Fomos ao Museu da Escócia, onde tem o carro do Jackie Stewart, escocês tricampeão de fórmula 1. Tem também a Dolly, a ovelha clone. E tem muito mais, mas não deu tempo de ver.
Encerramos o passeio no castelo, mas fomos só até a frente, eu ainda não entrei.
Antes, eu já tinho ido ao cemitério Greyfriars, o do cachorrinho Bobby, que guardou o túmulo do dono por 14 anos. Mas o tour não nos levou lá, acho que estava meio atrasado.
domingo, 25 de outubro de 2009
Newcastle
Depois do Fringe, a Flávia resolveu descansar um pouco. Ela e as amigas decidiram ir a Newcastle pra passear. Fui junto. Minha expectativa pela primeira viagem de trem não se confirmou. A Flávia disse que ônibus geralmente é mais barato, a menos que se compre o bilhete do trem com muita antecedência. Fomos de ônibus, pra depois descobrir que o trem estava mais barato...
Newcastle upon Tyne é a cidade da Inglaterra mais próxima da Escócia.Tem em torno de 273 mil habitantes (segundo a Wikipedia). É interessante. Sede do Newcastle United, que me segurei pra não comprar uma camiseta... não é bonita? rsrsrs.
Lá ficamos num albergue. Foi a primeira vez que me hospedei em albergue; é um pouco estranho dividir o quarto com gente que nunca se viu. Ficamos dois dias. Na primeira noite, as gurias quiseram sair. Eu, como não sou muito de sair, fiquei meio em dúvida, mas precisava sair pra comer. Então fomos andar um pouco pela cidade. Achamos o Revolution de lá. O Rev é um pub bem legal, tem em várias cidades do Reino Unido e a Flávia tinha um cartão de descontos. Jantamos lá e começamos a bebericar. Tem uns drinques ótimos lá.
O meu é o da esquerda
Depois, o que é comum aqui, andamos pela cidade à procura de outros lugares pra beber. Achamos uma promoção em outro lugar, dois coolers pelo preço de um. Eu não pretendia continuar bebendo, mas acompanhei. As gurias queriam dançar mais tarde. Até acompanhei a uma boate, mas não é a minha. Fiquei uma meia hora e resolvi voltar pro albergue. Como só tínhamos uma chave da porta da frente, a Flávia voltou comigo. E, ao chegarmos, ela se deu conta que ficara sem a chave do quarto, que estava com a Pam. Resultado: ficamos esperando até a Jenni, que estava indo de trem, chegar e pegar a chave com a Pam e ir para o albergue. Foi uma função de mensagens de celular pra lá e pra cá...
No dia seguinte, fomos passear um pouco pra conhecer a cidade. Eu até queria explorar mais, mas a Flávia achou que as gurias não estariam muito interessadas, então olhamos a maioria das coisas por fora, sem entrar nos prédios. De noite, o povo saiu de novo. Eu de novo fui só comer. Fomos numa Pizza Hut, mas comi massa. Depois, caminhar e achar um lugar barato pra beber (esse povo bebe muito!). Fomos a um pub que estava passando o jogo da Inglaterra pelas Eliminatórias da Copa - as gurias queriam ver a Escócia, mas não encontramos um lugar que estivesse transmitindo. Ali a Flávia ganhou outro 2 x 1, dessa vez Iron Brew com vodca.
As gurias queriam ir num karaokê, mas passamos na frente e estava quase vazio, elas não se animaram a entrar. Então acabamos indo ao Rev de novo. Mais um traguinho.
Aqui o meu é o verde
Dali eu voltei pro albergue, as gurias foram dançar. Conferi se tinha a chave e peguei um táxi. Dia seguinte, volta pra Edimburgo. A Flávia foi pra Londres, pois tinha uma entrevista pra estágio lá.
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