Este ano o Fringe aconteceu de 5 a 30 de agosto. Pra mim começou um pouquinho antes, já que estava ajudando num show. Tivemos a tech run dia 2 e dress run dia 4. O show se chamava The Laundry of Life Pegged on the Line. Demorei um tempo até decorar o nome... É uma mistura de música, contação de história, poesia e esquetes sobre a vida (principalmente amorosa) e parece baseado nas experiências pessoais da cantora, Dee Mardi.
A expectativa de trabalhar em um show no Fringe logo na primeira semana passou a se tornar um certo sofrimento, já que o show era, digamos assim, muito fraco. A miscelânea de coisas em cima do palco, a meu ver, não fluiu muito bem. Mas evidentemente a autora achava que era o máximo, e exigiu que nos esforçássemos na divulgação do show. Coisa que até tentei nas duas primeiras semanas, mas confesso que abdiquei um pouco no final. O show não andou bem, enfrentou alguns problemas técnicos, crítica desfavorável, pouco público e, no final, o cansaço de todo mundo envolvido. Entretanto, foi ótimo participar e ter essa oportunidade, uma experiência que, espero, me ajude no futuro.
Outro ponto positivo foi ter o passe dos C venues, que proporcionava acesso gratuito a todos os shows nesses locais, desde que não estivessem com ingressos esgotados. Não aproveitei tudo o que poderia, mas assisti a alguns shows. Gosto muito de coros, e aqui vieram alguns. Pude conferir Oxford Belles - que tinha uma cantora de voz grave que me chamou muito a atenção -, Oxford Gargoyles - que ganhou os prêmios de melhor grupo vocal do Fringe, melhor cantor, melhor cantora e arranjos -, In The Pink - que vi também no ano passado e acho que evoluíram bastante. Ficou a vontade de ver Out of the Blue, um grupo que é tido como um dos melhores e sempre esgota ingressos por aqui. Vi também de novo Dead Cat Bounce, mas acho que gostei mais do show do ano passado. Em termos de teatro, assisti, além do próprio show em que eu estava trabalhando (10 vezes!), a Shadow Boxing (talvez o melhor dos que vi, dirigido por um ex-professor da Flávia), Legless n' Harmless - comédia bizarra, mas muito bem apresentada, que era o show imediatamente posterior ao nosso, no mesmo local -, Pale Moon - muito fraco (dirigido por um amigo da Flávia que estará atuando em The Dress Affair, peça dirigida por ela) - e o terrível Saucy Jack and the Space Vixens, que saí no meio porque não aguentei. Detalhe é que este último foi um espetáculo premiado a primeira vez que participou do Fringe, em 1995. E ganhou boas críticas este ano. Mas decididamente não é meu estilo... Ah, ia me esquecendo de The Pantry Shelf, uma grata surpresa, já que não esperava muita coisa desta, é uma comédia bem divertida.
Admito que foi muito pouco, pra uma opção de 2.453 shows. Mesmo tendo que panfletear na rua, sobrava tempo pra assistir aos espetáculos. A minha preguiça anda demais...
Resumidamente, esse foi meu Fringe 2010. Se der, volto aqui no ano que vem.
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