Ceilidh é um tipo de festa que tem aqui, tipo um baile. As músicas são típicas e cada uma tem um jeito específico de dançar. Já tinham me falado sobre as ceilidhs, mas eu não tinha tido oportunidade de participar. Pois a festa do Imaginate para todos os colaboradores era uma ceilidh. Eu estava em dúvida se ia, mas a Flávia reforçou o estímulo dado pelas companheiras de Imaginate e disse: "Vai, vai ser divertido". Minha preocupação era o trabalho que eu tinha que entregar na segunda e ainda não havia começado a fazer. Isso era sábado. Mas enfim, resolvi não perder a oportunidade.
Então lá fui eu pra festa. Não precisava se arrumar muito, me disseram que roupa e sapato confortável eram o melhor. Cheguei ao lugar um pouco atrasada, mas não tinha começado ainda. Encontrei algumas pessoas que tinham trabalhado comigo no festival e fiquei conversando um pouco. Depois de algum tempo, chamaram o povo que as danças iam começar.
Primeiro formam uma roda, depois começam as figuras - cada dança tem um nome, mas não aprendi pra colocar aqui
Tradicionalmente, o conjunto que toca uma ceilidh é composto por gaita-de-fole e outros instrumentos característicos. E as pessoas também usam roupas características, como o kilt. Mas essa ceilidh não era tão tradicional e só havia um acordeonista e um tecladista tocando. E só vi um sujeito de kilt. Mas as danças eram as mesmas das ceilidhs tradicionais.
Ao fundo, pode-se ver o teclado (que normalmente não é usado em ceilidh)
Então, cada par começa a girar pelo salão. A loira de rabo-de-cavalo é a Lisa, colega da Flávia que trabalhou comigo no North Edinburgh Centre durante o Imaginate. Atrás dela, o Alex, chefe dos voluntários
A cada dança, o gaiteiro explica o que tem que fazer. Começa devargarzinho e vai aumentando um pouco a velocidade. Geralmente é assim: casais se juntam no salão e formam uma roda com os demais participantes, e aí tem rodopios, troca de par, saltinhos, palmas e uma série de figurasNum primeiro momento, fiquei só olhando. É interessante de ver, mas divertido de participar. Olhei umas duas ou três danças, mas dali a pouco o gaiteiro mandou cada um da roda pegar alguém de fora pra dançar. Não me escapei, veio um e me puxou pro meio do salão. Toda atrapalhada, tentei dançar. Foi difícil, saiu uma coisa sem coordenação nenhuma. Aliás, outra característica dessas festas é que ninguém sabe dançar direito, vale pela diversão.
Além da troca de par toda hora, é comum mulher dançar com mulher, porque normalmente não tem homem suficiente. A de vestido azul e meia preta é a Geraldine, com quem trabalhei na Church Hill
Eu não estou nas fotos porque na hora que dancei não tinha nenhum conhecido por perto pra eu pedir pra bater foto de mim.
Algumas lembram um pouco as danças tradicionais gaúchas
E aí está o solitário de kilt. Mas ele não colocou a vestimenta completa, já que estava de camisa polo. O tiozinho é um dos nomes mais importantes do Imaginate, é ele que viaja o mundo atrás dos shows pra trazer pra cá
Quando eu estava quase me acertando com meu par, o gaiteiro mandou trocar de par. E aí é uma função! A cada volteio da música tem que trocar de par. Não tem como se acertar! Mas realmente é divertido, só que depois de dois minutos saltitando, meu coração parecia que ia sair pela boca. Não faço exercício há um ano. Quando acabou a música, o gaiteiro disse que ia ter uma pausa pra recuperar as forças. Foi a minha deixa pra cair fora...
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