terça-feira, 20 de abril de 2010

"Primavera...

... flor nos campos/ terna brisa pelos ares/ tua presença marcante/ faz brotar novos cantares."

Com esses versos de Telmo de Lima Freitas abro mais um post. Eu ia bater umas fotos legais das flores que andam se abrindo por aqui, mas não vou ter tempo agora. Pelas próximas quatro semanas eu vou sumir. São cinco trabalhos pra entregar até dia 21 de maio. Enquanto isso, fiquem com estas fotinhos de uma ruazinha perto do Botanic Garden.

Acho que isso são daffodils, tem por tudo o que é lugar nesta época


Pra esquerda é o Botanic, Arboretum Place; pra direita, Inverleith Terrace. Vamos conhecer uma ruazinha bem agradável que está às costas da fotógrafa


Aqui começa a Arboretum Ave


Vamos descendo a ladeira e a paisagem vai surgindo


Casas no estilo tradicional britânico


E aí está a parte mais bacana. Não sei o nome do riozinho







quinta-feira, 15 de abril de 2010

Estágio


Estou fazendo estágio no Botanic Garden. Mas o que é que isso tem a ver com o meu curso em artes? Bom, eu estou chamando de estágio e tenho que fazer valer como um, mas na verdade estou trabalhando voluntariamente no Science Festival do Botanic. Recebendo o público, divulgando as atrações, dando informações. Depois eu tenho que fazer um relatório colocando uma visão "estratégica" em cima disso. Não é arte, mas é festival, alguns princípios se aplicam.

Fachada do prédio


Entrada de serviço - por aqui que eu entro, no momento

O Science Festival é um evento maior que acontece em vários lugares da cidade. Eu me candidatei pra trabalhar com eles, mas não fui selecionada. No Garden, que tem programação independente durante o festival, eu consegui por indicação do coordenador do meu curso. Ele disse que o Science Festival não é muito bem organizado, mas seria uma boa experiência. Em maio tem o Imaginate, um festival de teatro infantil, que meu professor disse que é o evento mais bem organizado de Edimburgo. Também vou trabalhar lá.


Outro ângulo da fachada - entrada via Arboretum Place, West Gate



Essa é a nossa mesa de trabalho

No primeiro dia no Garden, eu estava meio nervosa, não tive uma preparação, treinamento, nada. Não sabia dar as informações que as pessoas me pediam. Mas aos poucos fui aprendendo, pegando o jeito, pedindo informações para os outros, lendo o programa. Acho que acabei me saindo bem. O que dava errado, eu comunicava imediatamente à minha chefe. Mas não deu nada muito errado, apenas me enganei em algumas coisas. Ela disse que tudo bem.

Parte do acervo


Exposição sobre biodiversidade


Escada que leva ao restaurante

O programa foi desenvolvido principalmente pra crianças entre 5 e 12 anos. Tem alguma coisa pra adultos, mas não muito. Outro dia um sujeito reclamou pra mim que não tinha atividades pra crianças maiores de 12 anos. Outro cidadão reclamou do prédio, disse que é horrível. O prédio é novo, foi inaugurado em outubro, e os frequentadores contumazes do Garden ainda não se acostumaram. Os visitantes são em imensa maioria velhos e crianças. Avós com netinhos. Babás com bebês. Famílias. Percebi alguns estrangeiros. Italianos, alemães, chineses. Maioria chineses. Alguns indianos também.


À esquerda fica a saída Sul do John Hope Gateway


Vista para o jardim. Ainda não está bonito, estão plantando. Quando estiver bem bacana eu volto lá pra fazer mais fotos. A entrada no Garden é gratuita


São quatro Royal Botanic Gardens: Edimburgo, Benmore, Dawyck e Logan. Mas só Edimburgo participa do Science Festival


Isso aqui eu achei engraçado, porque tem uma amiga da Flávia que anda de arrego com um ruivo. O pessoal aqui tem preconceito contra os ruivos e eles são chamados de gingers. Recortei a foto só com o título e botei no Facebook, pra mexer com ela...

Termino o estágio no domingo. E tenho quatro trabalhos pra fazer, mais o relatório. Os próximos dias serão terríveis.

sábado, 10 de abril de 2010

Glasgow


Sábado passado fui a Glasgow pela primeira vez. Algumas pessoas pensam que Glasgow é a capital da Escócia, mas não é. É, sim, a maior cidade, com uma população em torno de 580 mil habitantes, segundo o Glasgow Council. Edimburgo tem em torno de 450 mil (tabela). Segundo a Wikipedia, a Grande Glasgow tem mais de 1,7 milhão. Fica a 42 milhas de Edimburgo e de trem dá uns 40 minutos.

Fomos de trem. A viagem é rápida e agradável e passa por algumas cidadezinhas. Eu ia citar os nomes, mas já não lembro mais.

Flávia, Steven e eu no ônibus indo pra Waverley, a estação do trem em Edimburgo


Estação Queen Street de Glasgow

Como foi a Flávia que convidou, é claro que o intuito da viagem era ir ao teatro. Fomos ao Tramway ver uma peça dirigida por Peter Brook, o nome mais importante do teatro britânico atualmente. Se chamava 11 and 12 e era sobre o domínio francês em um país africano (que não ficou claro qual) e seus reflexos na população local. Eu gostei, achei diferente, tem esse negócio do multiculturalismo, embora alguma coisa no roteiro tenha ficado meio nebulosa. Interessante ver o debate dos estudantes de teatro logo após, já que estavam lá também o Steven e a Zena - que foram com a gente -, mais o Gary (um colega da Flávia) e a Helen - que encontramos por lá -, além do Donald, um ex-professor da Flávia. Também encontrei dois colegas meus do mestrado, o Kyriakos e a Valia, mas apenas conversei rapidamente com eles.

George Square


Buchanan Galleries


Mapa na rua


Royal Infirmary

Antes do teatro, visitamos a Catedral de St Mungo e almoçamos num restaurante brasileiro. Depois encontramos a Zena e fomos pro Tramway.

Steven e eu. Catedral de St Mungo ao fundo


Dentro da Catedral. Exposição de pedaços que dasabaram da igreja


Essa é a casa mais antiga de Glasgow ainda em pé


Naquela torre lá ao fundo, o Tolbooth, o William Wallace fez alguma coisa importante, mas a Flávia não lembrou o que era pra me contar. Acho que deve ter atado uns cavalos por lá...


Aqui nós almoçamos. A dona do restaurante é baiana


Eu e a Flávia pedimos moqueca


O Steven comeu xinxim de galinha com vatapá. E disse que não tava apimentado


Essa é a entrada do Tramway

Depois voltamos pro centro pra tomar chá com bolo e olhar as lojas. Segundo a Flávia, Glasgow é muito boa pra compras, lá se encontram coisas mais baratas, tem mais lojas e opções. Fomos à Primark, uma espécie de Renner, e o Steven foi cortar o cabelo. Mas quando decidi experimentar umas calças, cheguei ao provador e não me deixaram entrar, pois a loja estava fechando. Acabei comprando uma calça de moletom sem provar. Por £3. Quase me atirei nas meias, eram sete pares por £2! Mas não preciso de meias no momento.

A gente tava tomando café e chá com bolo. Aí a Flávia resolveu fazer chiquinhas no Steven


Olha no que deu... depois ele foi cortar o cabelo


RSAMD - universidade que rejeitou a Flávia. Antes de ela decidir ir pra Edimburgo, ela queria morar em Glasgow


Concert Hall

Enfim, voltamos à estação pra pegar o trem de volta, e ainda tivemos que catar o Steven, que se perdeu no caminho.

Na volta, um belo arco-íris que eu não consegui pegar direito. Aliás, a natureza aqui não é muito interessante, mas vi aqui alguns dos mais bonitos arco-íris da minha vida.

O bilhete da volta do trem


Eles também têm campinho de várzea


Tinha nevado na semana anterior. Os morros ainda conservavam um pouco de neve


A minha tentativa de fotografar o arco-íris não foi feliz. Mas acreditem, estava bonito

terça-feira, 6 de abril de 2010

Páscoa


A Flávia resolveu fazer um ajuntamento aqui em casa na Páscoa. O James se ofereceu pra fazer o almoço: bacalhau à Brás. Aí o Steven, pra não ficar pra trás, resolveu cozinhar também. Os dois são muito amigos da Flávia e, aparentemente, o Steven tem ciúme do James.

Flávia ajudando na cozinha

O povo começou a chegar depois das 13h, o que até foi bom, já que o James também se atrasou. Mas tudo correu bem. Os primeiros a chegar depois do James foram o Jack e a Zena. Depois vieram a Ariane, que trouxe torta de limão, a Delia, que trouxe uns molhinhos pra comer com batata, a Dawn, que trouxe vinho, a Fiona, que trouxe deditos (é parecido, não sei o nome aqui). E mais tarde ainda veio o namorado da Delia, o Josh.

Caneloni e bacalhau


Jack e James


Steven e James


Dawn chegando, entre Flávia e Delia


Ariane servindo a torta de limão

Foi muito divertido o dia, pegamos no pé do Steven várias vezes, mexemos com a Zena e o Jack por causa do suposto interesse dela no Scott, e eu, a Flávia e a Ariane conversamos em português só pra provocar os outros. O James é português e entenderia, mas ele foi embora cedo.

Jack e Zena brincando de pescaria


Os "molhinhos": uma salada de batata que virou purê, guacamole e homus

De noitezinha, o povo resolveu brincar de mímica, mas eu não participei. Por dois motivos: jogo do Grêmio e por não ter coragem mesmo...

Não deu pra adivinhar "Keep the Aspidistra Flying"


O contra-ataque: "The Guernsey Literary and Potato Peel Pie Society"