domingo, 28 de fevereiro de 2010

Lyceum

Ontem fui ao Lyceum, um dos teatros daqui. É característica do local apresentar peças de longa duração com um intervalo no meio. E grandes produções (nem sempre boas, mas certamente com um alto orçamento, como dá pra ter uma ideia pelos cenários que constroem). Vi The Beauty Queen of Leenane, de Martin McDonagh (de Em Bruges). Meio bizarra a peça, mas interessante. Até chover no palco fizeram. O cenário era uma sala/cozinha de uma casa, inclinada e como se fosse em cima de um morro. Mas com o sotaque irlandês, fiquei devendo algumas falas...

No mesmo teatro assisti no ano passado a Confessions of a Justified Sinner. Não achei tão boa, mas fiquei impressionada com o cenário móvel. E nesta os atores tinham um sotaque escocês bem carregado, também tive alguma dificuldade pra entender.

O outro teatro importante daqui é o Traverse, carinhosamente chamado de Trav, que ainda não tive oportunidade de conhecer. Segundo a Flávia, os trabalhos apresentados lá em geral são melhores que os do Lyceum, que tem um público mais tradicional que não é muito interessado em inovação. No Trav há lugar para novidades e invenções. Mas conheci o bar deles, tem um hambúrguer bem bom. :P

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Pancake Day


O Dia da Panqueca é sempre a Terça-Feira Gorda. É comum as pessoas se reunirem na casa de amigos pra comer panqueca à noite. Fizemos uma reuniãozinha aqui em casa, mais com o pessoal que mora junto conosco mesmo. Só veio a Fiona de fora. Mas o clima não era muito de festa, pois na véspera havia morrido a mãe de uma colega da Flávia, então não foi exatamente divertido. Mas aí está o registro.

A facilidade da mistura pronta: basta adicionar água


A nossa cozinheira e a panela nova


Minipanquecas pra render


Mhari, Flávia e Fiona


E o resultado: banana com doce de leite


Morango com Nutella


segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Valentine's Day

Pois é... ontem foi Valentine's Day. Mas a coisa tá difícil e também não tô me esforçando, então a data passou em branco, como muitos 12 de junho. Já tô acostumada. :)

Amanhã é Dia da Panqueca. Acho que vai ser mais divertido.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Colegas


Peguei esta foto de uma colega no Facebook. É a única que tenho da turma até o momento. Foi tirada em dezembro, quando fomos assistir a uma peça no Festival Theatre - "The Corstorphine Road Nativity", do mesmo autor de "Garotas do Calendário", mas não achei grande coisa.

Linha da frente: Eirini (grega), Mel (galesa), Steph (inglesa), Enita (croata); no meio: Maija (finlandesa), Jennifer (escocesa), Lianne (escocesa), Kate (inglesa); ao fundo: Valia (grega), eu, Michelle (irlandesa), Kyriakos (grego)


segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Londres


Já faz um tempinho, mas ainda não falei da ida a Londres. Foi legal, mas meio diferente passar um Natal longe da família e com outros costumes. Bom, estava com a minha irmã, mas o clima é completamente outro. Em dois sentidos, hehehe. A começar pelo frio. Mas como gosto de frio, tava bom. Só não tive meu "White Christmas", já que não nevou lá.

No trem, a caminho de Londres

Saímos de Edimburgo dia 23 de manhã. Tinha dado uma nevasca forte de noite, acumulando bastante neve, como dá pra ver na foto do post anterior. Fomos de trem, minha primeira viagem nesse veículo. É bem interessante, rápido, seguro, mais ou menos confortável, mas também atrasa...

Neve no caminho

Atrasou uma meia hora, nada que tivesse consequências pra nossa programação. Chegamos ao albergue por volta de 17h30min, tinha fila no check-in. Mas foi tranquilo. Descansamos um pouco e depois fomos jantar. A Flávia queria ir numa churrascaria, já que quase três anos longe dos pagos causam uma abstinência de carne absurda. Fomos caminhando, o restaurante não era muito longe.

Velhos hábitos não mudam

Boa comida, nada excepcional, mas deu pra enganar a vontade de comer churrasco. Nosso garçom era espanhol, mas logo apareceu uma brasileira servindo as bebidas e ficou nos atendendo.

Chazinho de menta pra ajudar na digestão

Barriga cheia, caminhada de volta pro albergue pra fazer a digestão, hehehe. Nossa colega de quarto era australiana e, pra variar, a Flávia ficou de papo com ela. Ela iria embora cedo na manhã seguinte. E nós íamos nos encontrar com a Jen e o John, que seriam nossos anfitriões no Natal. O combinado era se encontrar no Globe, o teatro do Shakespeare. Fomos caminhando pra aproveitar e bater fotos. O problema é que tínhamos malas e, embora com rodinhas, tinha escadas no meio do caminho. Quando chegamos ao Globe, eu estava bem cansada.

Aí está o teatro

Bom, a Jen tava com uma gripe forte e deciciu não ir, então só o John apareceu. O espetáculo a que assistimos era meio bizarro, ainda não me acostumei com certas esquisitices dessa gente de teatro... mas foi legal. Era uma companhia francesa, mas a apresentação foi em inglês. Já estou entendendo bem, só que algumas piadas ainda me escapam.

Eu, a Flávia e o John, fazendo que não nos conhece

Lá dentro

Maquete

Depois do show, fomos pra "casa". Pegamos o "tube" e sacaneamos o John. Ele esqueceu o boné no metrô, mas eu vi e escondi. Aí, quando ele se deu conta, a Flávia disse que ele devia ter esquecido no outro metrô, já que trocamos no meio do caminho. Eu e a Flávia embrulhamos o boné e demos de presente de Natal pro John, foi muito engraçado!

Bom, o Natal aqui é comemorado no dia 25 mesmo, não na véspera, como a gente. Na noite do 24 não acontece nada. A Jen tem o hábito de assistir a "Nightmare before Christmas", então foi o que fizemos. No outro dia, abrem-se os presentes, que ficam sob a árvore de Natal. Não tínhamos colocado os presentes lá, então corremos de manhã pra pôr, mas a Jen e o John já haviam aberto os deles. De tarde, eles receberam uns amigos e de noite jantamos, o que seria uma refeição especial de Natal. Alguns fazem do almoço a hora especial. Normalmente se come peru ou ganso aqui. Nós comemos roast beef. Esqueci de bater fotos do Natal na casa da Jen, então não tenho nada pra ilustrar esse momento. Mas tenho uma foto de um "vizinho" deles...

Esse gato apareceu por lá e é um folgado. Ele vem na janela e pede pra entrar.
Outro dia tava dormindo numa estante da cozinha...

No 26, eu e a Flávia queríamos passear um pouco, mas nada das atrações turísticas funcionava nesse período. Mesmo assim fomos ao centro. Até algumas estações do metrô fecharam. Tivemos que ir mais longe pra embarcar. Acabamos indo ao cinema ver "Avatar" em 3D. Legal, mas quase me recusei a pagar £17,50 por um ingresso e ainda assistir a meia hora de comerciais. Extorsivo.

Na saída, passamos num pub pra jantar. Voltamos pra casa e no outro dia voltaríamos a Edimburgo. A Jen e o John iam pra Bruges e deixaram a chave da casa com a gente, pois eles sairiam mais cedo que nós. Então juntamos nossas tralhas e fomos à Torre de Londres, que nesse dia estava aberta.

Na frente da Torre eram feitas as execuções: enforcamento ou decapitação em praça pública. Segundo a Wikipedia, a última execução foi em 1941, por fuzilamento

Entrada da Torre. Eles fazem a gente abrir a mala e revistam a bolsa também

A Flávia no meio do grupo

Esses corvos são "cativos". Diz a lenda que tem que ter pelo menos seis corvos nos jardins da Torre. Se o número cair, vai ser o fim do império britânico. Então eles cortam as asas dos bichinhos pra eles não irem embora...

Tinha uma exposição do Henrique VIII lá e a Flávia queria me levar. Ela sempre mexe comigo, porque diz que o Henrique VIII é parecido com meu ídolo João de Almeida Neto. Mas, além disso, eu gosto de história e queria mesmo ver a exposição. Era sobre as armaduras do rei, bem interessante, mas não dava pra tirar foto. E estávamos novamente carregando malas, com a agravante de que lá dentro não podia rolar a mala, tinha que carregar no braço.


Ficamos umas três horas lá. Além da exposição, tinha uma pequena visita guiada a alguns espaços da Torre. Lá foi um forte e prisão. Hoje ainda é do exército, tem guardas lá dentro. Tinha outra exposição, das joias da coroa, mas a fila era imensa e o nosso tempo, curto. Então fomos embora, caminhando ao largo do Tâmisa até uma estação do metrô para King's Cross, onde pegariamos o trem. Paramos num pub pra comer antes do metrô. Comi presunto com ovos, prato tradicional. E essa foi minha estada em Londres, 13 anos depois da primeira visita.